Epifania da Vida Eterna II

Viver seria eterno. Em si.

Eterna seria a vida que vivemos de fato, e não uma “continuação” em outro “Plano Superior” . Isso poderia parecer claro para mim. Mas não é. É nebuloso.

Não existe “undo” do verbo Viver.  Não se poderia “desviver”.

É por isso que a vida seria eterna.

O conjunto de vivências de um ser é indestrutível. Indelével. E vejam bem : qualquer Ser.

Não precisaria ter “consciência” para ter uma alma, uma “ânima” eterna. Os Seres vivos, uma vez existidos, passariam a Ser Eternamente.

Vivido foi, registrado estaria, eternamente, porque o Tempo é uma ilusão, e no Plano Metafísico do Universo não existiria um Curso do Tempo.

A VIda Eterna seria, pois, uma dádiva, simplesmente porque tudo aquilo que vivemos jamais morrerá.

Não haveria como desfazer nenhum milésimo de segundo da vida que nós vivemos, e esse seria o grande Mistério libertador,

A Vida Eterna não seria um roteiro que nos coubesse percorrer na linha do Tempo, porque o Tempo seria uma representação da nossa percepção daquilo que chamamos Vida.  Não seria assim que a Vida funcionaria, ao longo de uma linha.  A Existência não seria relativa, seria Absoluta.

Qualquer proposta de “meritocracia para a Vida Eterna” seria, portanto, uma Heresia contra a Natureza Divina da Vida. Poderia existir, sim, em nós, a Consciência dessa Permanência, e é por isso que poderíamos desenvolver o arbítrio da Vontade, para modificarmos nossos comportamentos e deixarmos um legado eterno de qualidade, a nossa Vida, que sempre ficaria para sempre.

Qualquer suposição de Hierarquia na concessão da Vida Eterna seria então uma fantasia, uma prisão, um determinismo criado com o objetivo de submeter, escravizar, aquilo que já seria, em si, Divino e Atemporal.  Vivo.

Viver seria Libertador. Morrer também.

Porque a Humanidade se esforçaria tanto em criar Sumbissão ?