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OPINIÃO NÃO É NECESSARIAMENTE ARTE
A “industria cultural” criou um mito difícil de resolver.
Ao se fundir com o jornalismo, atraves do surgimento dos veiculos de informação, a indústria cultural do seculo 20 desenvolveu um novo paradigma de comportamento crítico, que é incorporar a “opinião” do artista (enquanto cidadão) como parte integrante e indissociável da sua obra, muitas vezes determinando a utilidade dessa obra à sociedade.
Isso é muito complexo e delicado.
Grandes criadores da Arte não tiveram esse apêndice opinativo necessariamente exposto como produto, como veio a se tornar corriqueiro no modernismo, especialmente depois dos “manifestos” artísticos depois de 1900.
Isso é vicioso. É nocivo. É enganador.
E já encheu o saco. Pronto, falei .
A industria da opinião como produto cultural é um lixo.
IA
Esse é o Sonho Dourado dos CEOs do Entretenimento.
Eu sempre soube que éramos secretamente odiados por eles, os poderosos, os “donos dos espaços de conteúdo”.
A destruição da “concorrencia humana” dos insuportáveis espíritos naturalmente talentosos, e a ascensão gloriosa das monstruosas criaturas artificiais produzidas pelas Corporações.
Não haveriam mais Da Vinci, nem Bach, nem Chopin, nem Michelangelo, Proust, Rimbaud , Debussy, Virginia Wolf, Lispector, Drummond ou Poe.
Que lindo !
Só algoritmos dominados em um mundo lindamente decorado em 50 tons de Cinza.
Um mundo finalmente pacificado em 5.000 holocaustos e 10.000 guerras simultâneas.
Que modernidade ridícula !
Deixa eu aqui no meu canto, morrendo de rir .
Sabem porque ?
Porque IA nenhuma replicará o nosso prazer em pegar um violão, sentar ao piano e tocar uma canção, uma orquestra tocando com sopros e arcos…
Dane-se IA . Pra mim é zero. Por mais sofisticada que seja, é “primária”…
Aliás, binária, não passa de um mero monte de zeros e uns.
O Mundo dos Resultados é uma farsa .
De verdade, é o mundo dos Propósitos !
Porque nao fazemos música por números.
Fazemos por amor .
https://www.ubc.org.br/publicacoes/noticia/22325/compositores-perderao-quase–3-bi-por-conta-da-ia-ate-2028-diz-estudo?fbclid=IwAR2ekRcPPOm3vrioCX5Seusy02WXfJWCRsj4u3qKt7xjt-Cl2Zib_4JmHWQ
Dai-me Paciencia
Dai-me paciência !
Em vários “posts” reflexivos em que questiono a relação do trabalho musical com o “sucesso” sempre me aparecem os comentários de que estou “pra baixo”, com “baixa auto-estima”, etc..
Isso é mesmo proposital para “darem uma cutucada”, e eu, respondendo, aumente a relevância desse comentário, fazendo com que a pessoa se destaque dos demais.
É uma técnica recorrente nas Redes.
Também são recorrentes os “conselhos” do que devo ou não fazer para “solucionar o problema”, visto que, como as reflexões têm conteúdo crítico sobre a realidade cultural, o Guilherme só pode ser um “problemático”, estar em depressão, etc. etc…
E mais : comentam que eu “estou decepcionando” com meu comportamento irreverente para com a realidade.
O “Grande Irmão” espera que eu seja uma alma pacificada ?
O fato de eu ser um inconformado, um inquieto, um questionador, visivelmente incomoda uma porção de pessoas que estão mais habituadas com as “platitudes positivistas” de um otimismo utilitário, senão totalitário, que é exibido normalmente nos perfís das Redes : Um mundo Perfeito.
Então existe o “cala a boca” sutilmente sugerido nos comentários de um grupinho seleto de “ases,sagazes,perspicazes e mordazes” que pensam que sabem o que seria melhor para mim.
Aqui é o meu espaço e eu faço o que eu quero.
Não tenho mais muita paciência com o “voce precisa fazer isso e aquilo”, “voce deveria ser assim ou assado”, então cansa ficar excluindo e bloqueando porque a humanidade está mesmo um saco. Todo mundo sabe o que é o melhor para os outros, e muita gente mete o bedelho na vida alheia se aproveitando do canal aberto nas telas e teclados comodistas do seu conforto particular…
Agradeço as palavras das pessoas que fazem seus comentários de coração, com pureza e carinho. Mas agradeço também (porém dispenso) os conselhos do paredão de fuzilamento daqueles que “querem o melhor para você”, e que então vêm com os dardos sutis da “crítica construtiva”…
Passei longo período desabilitado para as atividades normais, muitas vezes até de cama, com muita dor, então publiquei uma porção de textos e reflexões que aliviassem minha angústia e me conectassem com a comunidade que aprecia minha natureza pensante.
Agora, nesta retomada, estou bastante ocupado, vem aí um período de grande atividade de shows e de gravações, um novo ciclo de canções inacreditáveis de beleza e de surpresa para quem realmente é meu fã.
Aguardem !