O que faz esse “Z” no nosso Templário ?

…parecia, ao menos para alguns críticos desatentos, um cenário macabro e improvável, um papo verborrágico e desimportante, um delírio irrelevante de alguém ultrapassado e em declínio criativo…
…parecia obra de uma imaginação exótica, estrangeira, desnecessária, medieval, distante de qualquer realidade tangível, e ambientada em remotas épocas e lugares de uma viagem pessoal desconectada do mundo real das preocupações e prioridades mais imediatas….
Não era bem assim.
Até o brasão no escudo do cavaleiro da capa, escudo que substituía de propósito a cruz cristã, e concebido a quatro mãos com Daniel Miguez, artista gráfico que daria forma à capa mais monumental da minha carreira, apocalíptica, em pura arte “geek”, trazendo o símbolo dos “Incas Venusianos” do “National Kid”, se mostraria involuntariamente premonitório.
…um pouco de atenção para um detalhe.
Hoje aquele “Z” está nos blindados de um massacre que o mundo assiste impotente e atônito, sem poder fazer nada para estancar, e que abre uma fenda geopolítica sem cicatrização à vista….
Até quando e onde irão a cegueira e o descaso ?
Para onde nos levará a “realidade porosa” dos algoritmos desse pesadelo ?
Como diz outra canção desse disco,
“A Cordilheira”… Inocência nunca mais…
Penso que foi mais uma nova epifania, uma torrente de revelação.
Mas só o tempo dirá o que foi, o que é.
Não adianta querer atropelar o tempo, e fazer com que as pessoas visualizem o mundo como a gente algumas vezes consegue enxergar.
Muitas vezes essas visões não vêm exatamente de nossos próprios olhos, mas de “algo passando através de nós”, e somos instrumentos a serviço de algo maior.
Sei bem o que é isso: ser um mero espelho, um prisma dentro de um Engenho Maior de Revelação.
Como o espírito da luz
Poderá mover o pendulo imerso em escuridão
Que balança entre as paredes da memória
Traz os pomos da discórdia
Faz a voz calar nos ecos da prisão
Nas crianças um receio de crescer
Contaminar o céu
Na cápsula de um tempo sem rancor
Cada dia é uma batalha desigual
Em nome de uma paz
E tudo que se entende por normal
É a bandeira incandescente da exclusão
Exércitos rivais, disputam seus despojos ancestrais
São troféus de honras e glórias sem pudor
Vitórias sem perdão, remorso já ficou pra trás.
É a desordem dos templários
Horda de mercenários dentro do coração
É a desordem dos templários
Horda de mercenários dentro do coração
Na cabeça do poder
Tudo só faz conspirar
A inquisição de crenças
Que virão nos condenar
Tudo é a lenda que se faz
Da treva que se vê
Na retina, a narrativa
Da verdade em que crê…
É a desordem dos templários
Horda de mercenários dentro do coração
É a desordem dos templários
Horda de mercenários dentro do coração
São botas de um milhão, robôs em batalhão
Vindo pisotear o santuário deste chão
Lagartas de metal, pneus de caminhão
Vindo pra tatuar o santuário deste chão
Em máscaras sem cor, macabros carnavais
Hoje o estandarte do arco-íris não se hasteia mais
Com sangue se pichou com ódio a cicatriz
Rasgou o punho cerrado que berrava num cartaz
E agora tudo jaz no pátio da Matrix
E o Cálix, que era bento, cai do altar da catedral
No vórtex do tufão, no códice dual
A lança do destino crava o córtex cerebral
São botas de um milhão, robôs em batalhão
Vindo pisotear o santuário deste chão
Lagartas de metal, pneus de caminhão
Vindo pra tatuar o santuário deste chão
Mil línguas a clamar vendendo seus patuás
A profanar seus templos, maldições de um avatar
Dividem mil nações em troca de orações
Em carruagens aladas despejando seus paióis
Cidade efervesceu e em fogo celebrou
Na pira Illuminati quando a cinza se aquietou
A noite desabou e a alma desistiu
De culpas e pecados a escritura se cumpriu
É a desordem dos templários
Horda de mercenários dentro do coração
É a desordem dos templários
Horda de mercenários
dentro do coração.

ESTRELA MÃE

Minha imensa alegria pelo Destino ter me concedido tempo e oportunidade para eu dizer tudo isto para você, mãe.
Sei quanto errei com você
Só trazendo mais preocupação
Quando eu não fui feliz
Tanta coisa impensada
Que eu fiz questão de negar
Todos sonhos seus comigo
Eu quis me afastar
Ao buscar meu caminho tão diferente
E só me ceguei ao esquecer do olhar
Pelo prisma dos seus sentimento
Mas os jovens lutam com tanto tormento
Que até mesmo um deus se sente abandonado
E o dia urge ao seu redor em vão
Quando acorda a hora anoiteceu
Vem pedir perdão
Eu peço apenas o seu silêncio
Seu ouvido pra escutar meu canto
Sua mão secar meu pranto
Nosso amor é sagrado
E vai acender no céu a estrela-mãe
Vem, que hoje eu quero te abraçar
Você doou seu melhor néctar
Na vida sempre cuidou pra esse amor jamais faltar
Você doou seu melhor néctar
Na vida sempre cuidou pra esse amor jamais faltar
Ouve, que eu te amo
Ouve, que eu te amo
Quem, como eu
Teve a sorte de nascer
De um exemplo lindo de mulher
Sempre a frente do seu tempo?
Quem, como eu
Teve a sorte de nascer
De um exemplo lindo de mulher
Sempre a frente do seu tempo?
Quem, como eu
Teve a sorte de te ter?
Ouve, que eu te amo
Ouve, que eu te amo